No dia de hoje, no ano de 1853, morreu em Salvador na Bahia, Maria Quitéria de Jesus. Ela foi uma militar brasileira e heroína da Guerra da Independência. Conhecida também por "Joana dArc Brasileira".
Nasceu no dia 27 de julho do ano de 1792, em Feira de Santana na Bahia. Entre os anos de 1821 e 1822, teve início na Bahia, os movimentos contra o domínio de Portugal. Nessa época, ela era noiva e pediu ao seu pai que era viúvo para se alistar no "Exército Libertador" mas teve seu pedido negado, então, ela fugiu e foi para a casa de sua meia-irmã, Teresa Maria, onde cortou os cabelos.
Vestida como homem, ela então se alistou usando o nome de Medeiros, no Regimento de Artilharia, mas foi encontrada por seu pai após duas semanas. O Major José Antônio da Silva Castro pediu ao seu pai para deixá-la com a tropa, pois ela possuía facilidade para manejar armas e também tinha disciplina militar.
Juntamente com o batalhão ela seguiu para participar da defesa da ilha da Maré e depois seguiu para Pituba, Conceição e Itapoã. No ano de 1823, no mês de fevereiro, ela participou bravamente no combate da Pituba, atacando uma trincheira inimiga, fazendo portugueses como prisioneiros. No dia 31 de março, recebeu uma espada e acessórios, ocupando o posto de cadete.
Quando o Exército Libertador entrou em triunfo em Salvador no dia 2 de julho do ano de 1823, Maria Quitéria foi saudada e homenageada pelo povo. Além disso, ainda recebeu permissão para portar uma espada. Em 20 de agosto, foi recebida no Rio de Janeiro, pelo imperador que a condecorou com a Imperial Ordem do Cruzeiro, no grau de cavaleiro.
Mais tarde, com o perdão do seu pai, se casou com um antigo namorado, de nome Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição. Quando ela ficou viúva, se mudou para Feira de Santana no ano de 1835, onde tentou receber parte da herança de seu pai, que havia falecido um ano antes.
Porém, devido a lentidão por parte da justiça, ela foi para Salvador, onde aos 61 anos de idade, morreu já quase cega e no anonimato. Desde 1996, é patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro e, desde 2018, integra o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Seus restos mortais encontram-se na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e SantAna, em Salvador na Bahia.