No dia de hoje, no ano de 1894, após uma sórdida conspiração por parte da direita antissemita francesa, numa campanha política, acusou de espionagem o oficial de Estado maior, Alfred Dreyfus. Neste dia, ele foi julgado e condenado à prisão perpétua por alta traição, sendo publicamente humilhado diante de sua tropa, tendo os distintivos retirados do uniforme e seu sabre, um símbolo de honra militar, partido em dois. Para um oficial, isso era a humilhação máxima. Anos mais tarde, veio à tona a verdade e Dreyfus foi libertado. Porém, ele foi obrigado a suportar essa injustiça e também os sofrimentos da prisão que lhe fora impostos por alguns juízes sem consciência ética. Mesmo tendo uma carreira impecável e ter mais de 65 anos de idade, ele foi levado à prisão sem provas concretas para as celas dos delinquentes consumados, mesmo com a lei proibindo a prisão de pessoas com idade superior a dele. O caso de Alfred Dreyfus comoveu o mundo, virou notícia e é frequentemente considerado o símbolo moderno e universal da iniquidade em nome da razão de estado, e continua sendo um dos exemplos mais impressionantes de um erro judiciário difícil de reparar, com um papel importante desempenhado pela imprensa e opinião pública. Finalmente o caso terminou no ano de 1906, com um julgamento do Tribunal de Cassação que inocentou e definitivamente reabilitou Dreyfus.

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