Dois anos antes, ela juntamente com mais 11 amigas haviam escapado, destas, três voltaram para seus lares e as outras foram levadas para morar junto dos protestantes em Wittenberg. Lá, elas eram esperadas pelo próprio Martinho Lutero que as ajudavam a achar moradia, maridos e empregos.
Com o decorrer do tempo, a maioria delas já estavam casadas, menos Catarina von Bora. Ela havia se apaixonado por um rapaz, mas os pais dele não permitiram que o casamento acontecesse devido ao seu passado como ex-freira.
Com isso, ela ficou muito desolada e Lutero então lhe propôs que ela se casasse com outro, mas ela não aceitou o homem sugerido. Quando Lutero recebeu a visita de um amigo, Catarina comentou com este que Lutero seria o tipo de marido ideal para ela, apesar de diferença de idade entre eles, que era de dezesseis anos e apesar também de Lutero já ter dito que não se casaria.
Lutero escutou essa conversa, mas não a levou à sério, porém, ao visitar seus pais contou a eles o que ouvira. O pai de Lutero então começou a pensar a respeito pois Lutero já não era tão jovem, e ele ainda tinha esperança de ser avô.
Tudo aquilo que iniciou como uma piada, com o passar do tempo foi ficando cada vez mais sério para Lutero. Ele via que se casando com Catarina, lhe daria o status de que precisava, daria também testemunho da fé contra a vontade do papa, e mais ainda, daria alegria e conforto para o seu pai. Para o desenvolvimento da Igreja Protestante, o casamento de Catarina von Bora com Martinho Lutero foi extremamente importante. O acontecimento, marcou de vez o rompimento com os ritos e dogmas do catolicismo.
Após o casamento, Catarina iniciou a administração do Mosteiro Negro, uma antiga instituição de freis católicos onde Lutero vivia. Do casamento eles tiveram seis filhos.
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