No dia de hoje no ano de 1968, aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, o protesto organizado pelo movimento estudantil com a participação de artistas, intelectuais e outros setores da sociedade brasileira conhecido como a Passeata dos Cem Mil.
O ponta pé inicial para o movimento foi o assassinato do secundarista Edson Luís de Lima Souto, que tinha 18 anos. Ele foi assassinado com um tiro à queima-roupa pela Polícia Militar no final do mês de março de 1968, quando participava de um protesto promovido por estudantes no restaurante universitário Calabouço.
No mesmo ano, no início do mês de junho, o movimento estudantil começou a organizar várias manifestações públicas cada vez maior. Devido a negatividade da repercussão da morte de Edson, o comando militar permitiu então uma manifestação estudantil, agendada para o dia 26 de junho.
Logo cedo, vários participantes já tomavam as ruas da Cinelândia, no centro da cidade do Rio de Janeiro. A passeata teve início às 14:00 horas, com pelo menos 50 mil pessoas, porém, uma hora depois esse número já havia dobrado.
Dentre os participantes, incluindo artistas, políticos e outras personalidades, estavam Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Clarice Lispector, Fernando Gabeira e Tancredo Neves. Quando a marcha chegou em frente à Igreja da Candelária, ela parou para ouvir o discurso do líder estudantil, Vladimir Palmeira, que fez lembrança da morte de Edson Luís e cobrou o fim da ditadura militar.
A marcha levava à frente uma grande faixa, onde estava escrito os dizeres: "ABAIXO A DITADURA" - "O POVO NO PODER", a passeata ainda prosseguiu por três horas, terminando em frente à Assembléia Legislativa. Não houve registro de nenhum conflito com o forte aparato policial que acompanhou toda a manifestação.

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